sexta-feira, 29 de abril de 2011

Quarto ano de Formação de Docentes promove gincana no dia 26 de abril






Como uma das atividades do curso de Formação de Docentes, todo encerramento de bimestre uma turma do curso organizará, sob a supervisão do professor Paulo Trevisol, uma gincana envolvendo as turmas do curso. Os objetivos desta atividade sâo: maior entrosdamento das turmas, desenvolvimento da capacidade de organização e trabalho em equipe e a constante busca de atividades lúdicas que possam, em seu futuro profissional, auxiliá-los em sua docência.Parabéns a turma e ao professor, a gincana estava ótima , muito bem organizada e dinâmica.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

O Caminho da Profissão


Curso de Auxiliar de Eletricista Predial



Local: Colégio Estadual Barão do Cerro Azul

Período de Realização: 09/05/2011 à 06/07/2011

Carga Horária: 160horas/aula

Público Alvo: Pessoas com 16 anos ou mais que possuam CPF
Curso Gratuito

Inscrições: Secretaria do Colégio Estadual Barão do Cerro Azul
Período de Inscrições: 27/04/2011 à 04/05/2011
Horários: 08:00 às 12:00 – 13:00 às 17:00 – 19:00 às 23:00
Realização:
SESI/SENAI União da Vitória – PR
Colégio Estadual Barão do Cerro Azul
Prefeitura de Cruz Machado

sábado, 23 de abril de 2011

PROPOSTA CURRICULAR DE SOCIOLOGIA

COLÉGIO ESTADUAL BARÃO DO CERRO AZUL - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

PROPOSTA CURRICULAR DE SOCIOLOGIA


APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A Sociologia é fruto do seu tempo, um tempo de grandes transformações sociais que trouxeram a necessidade de a sociedade e a ciência serem pensadas.
Nesta encruzilhada da ciência, reconhecida como saber legítimo e verdadeiro, a sociedade a clamar mudanças e a absorvê-las, nasceu a Sociologia. Portanto, no auge da modernidade do século XIX surge, na Europa, uma ciência disposta a dar conta das questões sociais, que porta os arroubos da juventude e forja sua pretensa maturidade científica na crueza dos acontecimentos históricos sem muito tempo para digeri-los.
O objeto de estudo e ensino da disciplina de Sociologia são as relações que se estabelecem no interior dos grupos na sociedade, como se estruturam e atingem as relações entre os indivíduos e a coletividade. Ao se constituir como ciência, com o desenvolvimento e a consolidação do capitalismo, a Sociologia tem por base a sociedade capitalista, contudo, não existe uma única forma de interpretar a realidade e esse diferencial deve fazer parte do trabalho do professor.
O contexto de nascimento da Sociologia como disciplina científica é marcado pelas consequências de três grandes revoluções: uma política, a Revolução Francesa de 1789; uma social, a Revolução Industrial e uma revolução na ciência, que se firma com o Iluminismo, com sua fé na razão e no progresso da civilização. Esses acontecimentos conjugados – a queda do Antigo Regime e a ascensão da democracia; a industrialização expandida pelas máquinas e a concentração de trabalhadores nas cidades; e a admissão de um método científico propiciado pelo racionalismo – garantem as condições para o desenvolvimento de um pensamento sobre a sociedade. Inicialmente, um pensamento de cunho conservador desenha-se mais como uma forma cultural de concepção do mundo, uma filosofia social preocupada em questionar a gênese da sociedade e a sua evolução.
Tendo como referência os autores clássicos e os contemporâneos a Sociologia se propõe a interpretador o mundo, em suas mais diversas faces.
Nesse sentido a Sociologia não é uma ciência inocente, neutra, pois, ao estudar os homens e o mundo que eles criam ao longo da história, ela se posiciona, influencia posições e ações.
Os fenômenos sociais, tais como, instituições sociais, grupos sociais, classes sociais, ideologias, estado, religião, guerra, desigualdades sociais, educação, mudança e conservação, mundialização, modernidade e pós-modernidade, entre outros, são objetos de estudo da Sociologia.

HISTÓRIA DA INTERMITÊNCIA DA DISCIPLINA SOCIOLOGIA NOS CURRÍCULOS NO BRASIL
1890 - Por influência de Benjamim Constant a sociologia foi incluída nos cursos superiores e secundários, porém devido a sua morte na época da implantação dos currículos a Sociologia foi deixada de lado.
1925 – A Reforma Rocha Vaz, a Sociologia foi introduzida nas escolas secundárias do Brasil.
1928 - A sociologia passa a ser ministrada nas Escolas de formação de professores, a Escola Normal, atualmente Magistério.
1931 – Reforma Francisco Campos ratifica a permanência da disciplina no Ensino Médio, fazendo com que ela fique no currículo até 1942.
1933 – Criação da Escola de Sociologia e Política em São Paulo
1934 – Criação do Departamento de Sociologia da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo.
1942 – Reforma Capanema retirou a obrigatoriedade do ensino da Sociologia nas escolas secundárias
1961 – Lei n.º 4.024, a Lei de Diretrizes e bases da Educação Nacional garante o retorno da Sociologia nos cursos secundários regulares (científico ou clássico)
1971 – Lei n.º 5.692, a Sociologia deixa de ser disciplina obrigatória e passa a figurar entre um rol de 104 disciplinas optativas. O ensino secundário transforma-se em ensino profissionalizante, deixando pouco espaço para as ciências sociais, a sociologia praticamente desaparece das escolas.
1982 – Lei n.º 7.044, altera aspectos da legislação anterior, relativizando o caráter de profissionalização do ensino de 2.º Grau, abrindo mais espaço para as Ciências Humanas.
1996 – Lei n.º 9.493 de 20/12, a nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, anuncia no artigo 36, parágrafo 1.º, inciso III, que os alunos, ao final do Ensino Médio deverão ter domínio dos conhecimentos de Sociologia e Filosofia.
1999 – O MEC publica os Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio – PCEM, propondo uma organização curricular por áreas, incluindo a Sociologia e a Filosofia na Área de Ciências Humanas e suas Tecnologias.
1999 - O Projeto de Lei do Deputado Padre Roque, que obriga a inclusão da Sociologia e da Filosofia em todos as escolas do país é aprovado na Câmara Federal.
2.000 – a Universidade Estadual de Londrina aprovou novo formato de vestibular para julho de 2.002. No novo formato as provas serão elaboradas pela própria UEL e serão organizadas por áreas de conhecimentos requeridas pelos cursos de graduação, adaptando-se, dessa forma a LDB e aos Parâmetros Curriculares Nacionais.
2001 – O presidente Fernando Henrique Cardoso veta a lei que obrigaria as escolas a incluírem as disciplinas Sociologia e Filosofia como obrigatórias, conforme projeto proposto pelo Deputado Federal Padre Roque e aprovado na Câmara e no Senado.
2006 – As disciplinas de Sociologia e Filosofia são obrigatórias no Ensino Médio, por força de Leis Estaduais e Federais, deixando de ter o seu caráter facultativo, ou conteúdos englobados na Geografia ou na História e deverão ser incluídas na Base Nacional Comum.
Em função de sua história como disciplina escolar, a Sociologia teve dificuldade em desenvolver uma tradição pedagógica, ou seja, a produção do saber pedagógico sobre a ciência de referência (a Sociologia) ocorre de modo fragmentário e esparso ao longo do tempo e do espaço. As reflexões sobre como se deve ensinar os conceitos sociológicos e a criação de recursos para isso, tais como, livros didáticos e materiais de apoio não conseguem ter uma continuidade e acumular reflexões que possibilitem a melhoria do ensino desta disciplina.
Consolidá-la de uma vez por todas nas grades curriculares possibilitaria a ampliação e o aprofundamento de uma tradição de ensino, como existe em outras áreas do conhecimento. A disciplina precisaria estar sempre nos currículos para que os formados em Ciências Sociais pudessem ingressar nas escolas, ter estímulo para continuar sua formação voltada para a educação. As Ciências Sociais e os sociólogos foram sendo expulsos das Escolas nas décadas de 1970 a 1990. Isso repercutiu nas licenciaturas que tiveram pouco investimento material e humano nesse período.
Tendo como referência os autores clássicos e os contemporâneos a Sociologia se propõe a interpretador o mundo, em suas mais diversas faces. Nesse sentido a Sociologia não é uma ciência inocente, neutra, pois, ao estudar os homens e o mundo que eles criam ao longo da história, ela se posiciona, influencia posições e ações.
Os fenômenos sociais, tais como, instituições sociais, grupos sociais, classes sociais, ideologias, estado, religião, guerra, desigualdades sociais, educação, mudança e conservação, mundialização, modernidade e pós-modernidade, entre outros, são objetos de estudo da Sociologia.


• Levar o aluno a entender a Sociologia como ciência social, diferenciando-a de outras ciências;
• Compreender a relação que existe na convivência das pessoas em sociedade;
• Abordar nossa sociedade e sua relação com o universo da informática;
• Conhecer o processo de transformação da natureza e o excedente econômico das sociedades;
• Refletir sobre a importância do trabalho e da cultura na organização e desenvolvimento da civilização humana, caracterizando diversas formas de saber e ver o mundo;
• Incentivar a participação e a interferência do aluno na sociedade que vive, estimulando-o a se tornar mais crítico;
• Conhecer a relação entre o econômico e o político na sociedade contemporânea, ressaltando o estudo das formas de poder presentes no Estado e nos movimentos sociais;
• Fazer um paralelo entre sociedade primitiva versus sociedade contemporânea e toda a sua evolução social;
























CONTEÚDO

A trajetória do ensino da Sociologia, tanto em nível estadual quanto nacional, caracterizada pela descontinuidade e desvalorização, deixou marcas que dificultam a consolidação dessa disciplina no currículo escolar. No âmbito institucional, projetos e parcerias que contemplem a atuação conjunta e mais integrada dos cursos do Ensino Médio e as licenciaturas em Ciências Sociais existentes no estado do Paraná, trariam vitalidade intelectual a ambos os níveis de ensino.
Para dar mais sentido ao estudo, a disciplina está organizada em Conteúdos Estruturantes, que são saberes que fundamentam uma disciplina e a identificam enquanto campo do conhecimento. Como a Sociologia relaciona-se com outras ciências sociais como a Antropologia e, Ciência Política e as relações sociais, consideramos que os conteúdos estruturantes para o Ensino Médio devem abarcar todos os conhecimentos fundamentais dessas áreas.
Dentro das propostas apresentadas pela SEED, tivemos a constatação que os conteúdos: O Surgimento da Sociologia, Teorias Sociológicas na Compreensão do Presente e A Produção Sociológica Brasileira, que são contemplados no Livro Didático Publico, não podem ser considerados estruturantes, pois apesar de serem fundamentais, estes campos são de atingem uma grande amplitude, entretanto devemos contempla-los em todo período letivo, independente do conteúdo a ser ministrado.

1ª Série

A) CONTEÚDO ESTRUTURANTE: INSTITUIÇÕES SOCIAIS.
1. Instituição familiar.
2. Instituição escolar.
3. Instituição religiosa.

B) CONTEÚDO ESTRUTURANTE: TRABALHO, PRODUÇÃO E CLASSES SOCIAIS
1. O processo de trabalho e a desigualdade social
2. Como Marx via o mundo do trabalho
3. Capitalismo, Mundo do Trabalho, Neoliberalismo e Globalização
4. O mundo do trabalho no Brasil

O trabalho é a condição de sobrevivência humana. Ao agir sobre a natureza para suprir necessidades de sua existência, os homens transformam as condições
Materiais e a si mesmos, segundo Marx (1975). Nessa relação entre trabalho humano e natureza, além de modificar o meio natural, o homem desenvolve habilidades e obtém domínio sobre a natureza, adequando métodos para alcançar o resultado buscado. Portanto, além do esforço físico despendido é necessária atenção à execução das tarefas planejadas.

A) CONTEÚDO ESTRUTURANTE: CULTURA E INDÚSTRIA CULTURAL
1. Cultura ou Culturas: Uma contribuição Antropológica
2. Diversidade cultural no Brasil
3. Cultura: Criação ou Apropriação
4. Antropologia Brasileira
5. Minorias, preconceito, hierarquia e desigualdade
6. Meio de comunicação de massa
7. Sociedade de consumo brasileira

Não existe uma definição nem uma teoria da cultura que não sejam reticentes. A cultura é um fenômeno amplo no campo da experiência existencial do homem em sociedade e sua origem conceitual data dos primórdios da Antropologia como ciência, no final do século XIX. O inglês Tylor, em Primitive culture (1871), definiu cultura como “um todo complexo que inclui os conhecimentos, as crenças, a arte, a moral, as leis, os costumes e todas as demais disposições e hábitos adquiridos pelo homem enquanto membro de uma sociedade”, conforme Duvignaud (1974). Depreende-se dessa formulação que a cultura é característica do homem como ser social e é uma aquisição.

B) CONTEÚDO ESTRUTURANTE: PODER, POLÍTICA E IDEOLOGIA
1. Conceito de Ideologia
2. Conceitos de Poder
3. A Formação do Estado Moderno
4. Movimentos Revolucionários e Suas Ideologias
5. O uso ideológico como forma de poder e punição
6. As expressões da violência nas sociedades contemporâneas
7. Democracia, Autoritarismo e Totalitarismo

Poder é um dos temas ao qual a Sociologia tem dedicado maior atenção, não apenas interessada em analisar no que consiste, mas, sobretudo como e se o poder é legitimado. O poder é concebido como a capacidade, a habilidade, o potencial de realizar, obter algo; implica a tendência a condicionar, guiar, oprimir a vontade de outro. Ele é um exercício e o poder exercitado é a política. Poder é ação social.

C) CONTEÚDO ESTRUTURANTES: DIREITOS, CIDADANIA E MOVIMENTOS SOCIAIS
1. Movimentos Sociais
2. Repressão aos Movimentos Sociais
3. O surgimento e a afirmação do Movimento Negro
4. Movimentos Agrários e a questão da terra no Brasil
5. Movimentos Estudantis, Ideologia e Poder Político
6. A questão Indígena
7. A questão Ambiental

Nas sociedades modernas, os direitos sociais devem ser pensados como construções históricas dos sujeitos desses próprios direitos. Assim, podemos falar da cidadania como uma conquista social e não apenas como a condição de quem faz parte da população de uma nação, submete-se a leis e desfruta de direitos sociais. A cidadania é pensada como um conjunto de direitos, que englobam deveres na medida da convivência coletiva, conquistados ao longo da história por diferentes atores sociais.

METODOLOGIA

Nosso mundo exige mudança social. Pede um cidadão com formação sólida, com capacidade de dominar conceitos e desenvolver o pensamento abstrato, crítico e criativo. Vivemos na chamada Sociedade do Conhecimento, que exige um perfil de qualquer profissional, que seja flexível e polivalente, com a formação que privilegie entre outras coisas, a formação do raciocínio lógico, a capacidade de aprender e a iniciativa para resolver problemas.
A abordagem dada aos conteúdos bem como a avaliação do processo de ensino-aprendizagem estarão relacionadas à Sociologia crítica, caracterizada por posições teóricas e práticas que permitam compreender as problemáticas sociais concretas e contextualizadas em suas contradições e conflitos, possibilitando uma ação transformadora do real.
O Ensino de Sociologia pressupõe metodologias que coloquem o aluno como sujeito de seu aprendizado, instigado a relacionar a teoria com o vivido, a rever conhecimentos prévios e reconstruir saberes.
Portanto, nenhuma instituição de ensino pode ficar alheia a estas transformações e isto cabe a todas as áreas do conhecimento. No que diz respeito à Sociologia, que busca a transformação ou incrementação do espírito crítico, é fundamental que se ocupe com questões referentes a existência do homem, uma vez que seu objetivo se constrói na medida em que o homem busca alternativas para seu viver, sendo as relações entre o homem, o outro, a natureza e a sociedade que resultam em socialização.
Para cada conteúdo pode-se criar metodologias diferentes. O importante é tentar problematizar sempre. O que significa isso? Partindo de situações problemas construir as aulas, os materiais, os recursos. São cinco passos: prática social inicial; problematização; instrumentalização, catarse (sentimentalização, envolvimento) e prática social final.
“Na sociedade, há pessoas privilegiadas. Um deles, por exemplo, pode ser aquele que tem o poder de governar e de conduzir os rumos da sociedade, o que muitas vezes pode não ser da maneira mais justa para todos”. GASPARIM.
Partimos da ideia de professor-artesão, que planeja instrumentos de trabalho e revê a ciência e a disciplina de sua formação. Assim, metodologias não são receitas aplicáveis à qualquer conteúdo e em qualquer escola e turmas. Cada escola, cada turma, cada conteúdo exigirá um esforço de elaboração metodológica. As concepções metodológicas de pesquisa da sociologia são fontes importantes de inspiração para as metodologias de ensino.
De forma sintética podemos sugerir que para cada conteúdo o professor eleja textos para uso próprio e para uso do aluno; recursos audiovisuais, como filmes, fotografias, slides, transparências, cartazes, músicas, etc; dinâmicas de grupos; trabalhos como resultado final da aprendizagem, pesquisas no bairro da escola, em instituições sociais, sobre a mídia (TV e rádio), etc; dissertações que reflitam os textos trabalhados, etc.
As aulas de Sociologia podem ser atraentes e despertar nos alunos processos de identificação de problemas sociais que estão de forma jornalística presentes nos meios de comunicação. Como encaminhamentos metodológicos básicos para o ensino são propostos:
• Aulas expositivas dialogadas; aulas em visitas guiadas a instituições e
museus, quando possível;
• Exercícios escritos e oralmente apresentados e discutidos;
• Leituras de textos: clássico-teóricos, teórico-contemporâneos, temáticos,
didáticos, literários, jornalísticos;
• Debates e seminários de temas relevantes fundamentados em leituras e
pesquisa: pesquisa de campo, pesquisa bibliográfica;
• Análises críticas: de filmes, documentários, músicas, propagandas de TV;
análise crítica de imagens (fotografias, charges, tiras, publicidade), entre outros.
Destacam-se aqui alguns encaminhamentos metodológicos para o ensino de Sociologia, os quais devem ser trabalhados com rigor metodológico para a construção do pensamento científico e o desenvolvimento do espírito crítico: pesquisa de campo; análise crítica de filmes e vídeos; leitura crítica de textos sociológicos.
AVALIAÇÃO

A avaliação no ensino de Sociologia, proposta nestas Diretrizes, pauta-se numa concepção formativa e continuada, onde os objetivos da disciplina estejam afinados com os critérios de avaliação propostos pelo professor em sala de aula. Concebendo a avaliação como mecanismo de transformação social e articulando-a aos objetivos da disciplina, pretende-se a efetivação de uma prática avaliativa que vise “desnaturalizar” conceitos tomados historicamente como irrefutáveis e propicie o melhoramento do senso crítico e a conquista de uma maior participação na sociedade.
Pelo diálogo suscitado em sala de aula, com base em leitura teórica e ilustrada, a avaliação da disciplina constitui-se em um processo contínuo de crescimento da percepção da realidade à volta do aluno e faz do professor, um pesquisador. Levando em consideração tais objetivos, a avaliação está centrada em três momentos:
• Na introdução do tema de estudo, quando se problematiza a situação, fazendo um levantamento dos conhecimentos prévios dos alunos. Esse diagnóstico oferece pistas para direcionar a proposta de desenvolvimento dos trabalhos;
• No desenvolvimento do tema de estudo, investigando, indagando, acrescendo, dando pistas, opções, propondo desafios, para verificar e registrar se os alunos expressam e compreendem adequadamente o que está sendo estudado;
• No fechamento do tema de estudo, retoma-se a problematização que deu origem ao estudo e com base nas produções escritas e orais, verifica-se os avanços em relação ao início do trabalho. Caso seja necessário, recorre-se à prática de intervenções diretas, retomando os conteúdos estudados.
A avaliação é uma prática social presente em atitudes cotidianas, informalmente e em ações organizadas, normatizadas pelas diferentes instituições sociais, formalmente.
Exemplos:
a) Atitudes cotidianas: quando escolhemos uma alimento, uma roupa, um objeto qualquer de uso pessoal, uma profissão, um (a) namorado (a), um (a) amigo (a), etc. Nestas escolhas, nós costumamos avaliar sob critérios e valores que apreendemos ao longo da nossa educação, sobretudo a educação familiar e religiosa.
b) Ações organizadas: quando as diferentes instituições implementam formas de admitir o ingresso e o progresso dos indivíduos nas suas hierarquias. Através de critérios e normas públicas indica-se quem poderá fazer parte da instituição e como ela poderá ascender nos níveis hierárquicos. Os critérios podem variar muito de instituição para instituição. Igrejas, Famílias, Associações, Empresas Privadas, Empresas Públicas, Grupos de Status, Partidos Políticos, Escolas e Universidades estabelecem suas formas de avaliar quem poderá ingressar e como irá ascender nas suas hierarquias.
Assim, avaliar é uma prática social presente em todos os contextos históricos. E não é só a escola que possui rituais de avaliação, mas sim todos os grupos sociais. É verdade que a escola possui uma forma de avaliar mais explícita e, talvez, por isso ganhe uma dimensão tão ampla na vida dos estudantes e dos professores.
Mas, como organizar as práticas de avaliação no processo de ensino-aprendizagem, de maneira que a avaliação não seja um fim em si mesma, mas um meio de aperfeiçoar a educação?
Alguns eixos podem nos ajudar a pensar e organizar métodos de avaliação:
1.º A Avaliação só faz sentido dentro de um projeto social, educacional e humano, ou seja, avaliamos, a partir de um projeto e não, apenas, para verificar resultados
2.º Avaliar no processo educacional é diferente de avaliar no processo de produção ou na forma de organização empresarial, porque estamos lidando com a formação humana e não com a produção de objetos
3.º A avaliação deve ser diagnóstica e processual e não classificatória. Isto significa que avaliamos para detectar os problemas no processo educacional e subsidiar a nossa intervenção; não avaliamos para verificar quem é melhor ou pior; não avaliamos só para constatar que o aluno é fraco, é bom ou ótimo.
4.º A avaliação deve ser organizada, a partir de objetivos a longo, médio e curto prazo, e os critérios devem estar claros para os avaliadores e para os avaliados
5.º A avaliação não é o FIM, mas sim é o MEIO. Meio para aperfeiçoar a metodologia do professor e o desempenho do aluno. Neste sentido, a avaliação é do professor e do aluno, não só do aluno.
6.º A avaliação é um item de um programa maior, de um Plano de Curso, de Unidade, de Aula. É um mecanismo a serviço do desenvolvimento de um projeto de homem, de educação e de sociedade.

A Avaliação na disciplina de Sociologia no Ensino Médio
Como poderia ser feita?
A partir de uma definição clara pelo professor do quê e de como ele pretende ensinar, que tipo de homem pretende formar e através de quais abordagens ele tentará atingir seus objetivos, é que a avaliação deve ser pensada e organizada.
Dessa forma, as atividades de avaliação podem ser processuais, ou seja, a cada conteúdo trabalhado, estabelece quais práticas sociais quer desenvolver nos alunos. Assim, oralidade, escrita, capacidade de argumentação, capacidade de relacionar fenômenos-conceitos-teorias, capacidade de pesquisar, entre outras, podem ser trabalhadas e avaliadas.
Cada atividade deve ser pensada em termos qualitativos e quantitativos, ou seja, é preciso elaborar fichas que contemplem os critérios e as competências que estão sendo avaliadas, além de atribuir pontos a cada “qualidade” avaliada. Por exemplo, num seminário você pode avaliar se os alunos compreenderam o conteúdo, se conseguiram explicar de maneira interessante, se consultaram mais bibliografia além da indicada pelo professor, a forma do trabalho escrito, a forma de apresentação, etc. A cada item você pode atribuir conceitos qualitativos (suficiente, excelente, insuficiente/ bom/regular/ótimo, claro/obscuro, etc.) e conceitos quantitativos ( de 0 a 10).
Estes critérios e conceitos devem ser discutidos com aos alunos previamente. Após a avaliação deve-se discutir com os alunos os resultados e as medidas a serem tomadas para o aperfeiçoamento do processo.




BIBLIOGRAFIA

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MARX, K. e ENGELS F. Textos sobre educação e ensino. São Paulo: Editora Moraes, 1992.

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ORTIZ, Renato. Cultura Brasileira e Identidade Nacional. 5a ed. São Paulo: Brasiliense, 1998.

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SOUSA SANTOS, B. Um discurso sobre as ciências. 10. ed. Porto: Edições Afrontamento, 1998.

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TOUCHARD, J.(dir). História das idéias políticas. v. V. Lisboa: Publicações Europa - América, 1970.

WEBER, Max. A ética protestante e o espírito do capitalismo. São Paulo: Pioneira, 1996.

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR- FUNDAMENTOS PSICOLÓGICOS DA EDUCAÇÃO

COLÉGIO ESTADUAL BARÃO DO CERRO AZUL
ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO ,NORMAL E PROFISSIONAL



PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR
FUNDAMENTOS PSICOLÓGICOS DA EDUCAÇÃO



1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA/ JUSTIFICATIVA:


A Psicologia como campo de conhecimento, esteve desde o século XIX, início da modernidade, atrelada aos desafios que se colocavam para a educação, pois veio se configurando, por meio dos seus estudos, parâmetros de normalidade, desenvolvimento e aprendizagem, de acordo com a universalização do ensino escolar, a construção de mentalidades que fizessem o mundo adentrar na nova ordem, na ordem do progresso tecnológico e das culturas voltadas ao futuro. Havia desde aquela época a consciência de que não se poderia pensar a educação, a formação humana, que desconsiderasse a compreensão das dimensões psicológicas e psicossociais dos homens, tarefa a que, desde seus primórdios, propõe-se a Psicologia.
Situar o ensino de Psicologia significa retomar a constituição da Educação no Brasil, como um sistema formal. Nos cursos profissionalizantes de nível médio, a Psicologia compõe os currículos de grande parte deles, em especial aqueles voltados ao Magistério.
Há, portanto, saberes psicológicos que se têm mostrado relevantes para a formação de jovens que conduzem sua vida escolar no rumo de uma profissão imediata, que responda às necessidades de seu cotidiano.
No ensino médio regular, a Psicologia da Educação, esteve presente de diversas formas, em distintos momentos históricos. Em 1890, passa a compor o currículo das Escolas Normais (MASSIMI,1993), nos programas de formação de professores.
Na formação de professores é parte do currículo tanto nas Escolas Normais Regionais, em nível ginasial, como nas Escolas Normais, que correspondiam ao segundo ciclo da educação secundária (ROMANELLI,2001).
Em 1982, com a LDB 7044, a Psicologia volta como disciplina da "parte diversificada" do currículo. O tecnicismo, como princípio e ênfase que marcam esses períodos, resultou no esvanecimento da importância da formação humana integral, tornando o ensino de segundo grau um conjunto desarticulado de saberes acadêmicos, separados em áreas estanques. Daí, resulta uma supressão ou quase supressão das humanidades da formação dos jovens, e, hoje, os próprios discursos oficiais, presentes na legislação brasileira, clamam pelo resgate de uma formação em que se valorize o humano em sua integralidade, e apontam para a importância do resgate das disciplinas da área humana nos currículos do nível médio de segundo grau.
A LDBEN 9394/96, de 1996, organizada em Parâmetros Curriculares Nacionais, fixados em três grandes áreas de ensino- Linguagens e Seus Códigos, Ciências da Matemática e da Natureza e Ciências Sociais, menciona, entre outros campos de conhecimento, a Psicologia como um dos saberes a serem incorporados aos currículos de nível médio da educação nacional, referindo:


A Psicologia, cujo desenvolvimento histórico alcançou grande significação no século XX, construiu um conhecimento sistematizado, a partir de conceitos e procedimentos, que vem tendo um impacto sobre o pensamento contemporâneo. A produção de seu conhecimento contribui para a compreensão dos processos humanos envolvidos no desenvolvimento cognitivo e afetivo, na aquisição da linguagem, na aprendizagem, na interação social e na constituição da identidade. (MEC/SEMTEC,2002)

Em seu artigo 35, a LDBEN 9394/96 nos desafia a pensar uma educação voltada para a formação ética e cidadã, para a autonomia intelectual, para a integralidade do humano. Aponta, portanto, para uma dimensão que se funda no trinômio - reflexão, criação, transformação.
Reconhece-se, ao se constatarem os desastres ambientais e sociais produzidos pela humanidade, o recrudescimento da intolerância, que marca as relações entre os cidadãos e entre os povos, o encolhimento da ética nas relações sociais, institucionais e transnacionais, além da ausência, na educação dos homens, da dimensão humana, que leve à reflexão, à relativização das crenças, à superação de preconceitos, às considerações de natureza ética no avanço do conhecimento.
É nesta perspectiva que a Psicologia da Educação vem discutindo sobre o seu papel como disciplina do Ensino Médio, que contribua para a formação crítica, autônoma e ética da juventude brasileira, reconhecendo a importância da formação humana e integral dos jovens; e oportunizando o levantamento de grandes questões para as quais a Psicologia teria relevantes contribuições a apresentar tais como: as discussões sobre a naturalização da conduta, a questão da afetividade, da relação profissão-trabalho, da alienação, entre outras.
Temos, hoje, mais de 150 anos de produção de conhecimentos em interface com a realidade educativa, e nos deparamos com o afastamento desse campo de conhecimentos na educação dos jovens. Passamos, ao longo desses anos, por severas críticas à Psicologia, que a situavam na área da patologização, da naturalização, da aceitação e manutenção do status quo, a partir da compreensão da escola como instituição que reproduz e reforça as relações de poder. Gramsci (1978) nos ensinou que a escola não é, como se acreditava, um espaço absoluto dos poderes hegemônicos, mas, sim, espaço da contradição, em que distintos atores sociais, com diferentes visões de mundo e localização na dinâmica social, circulam e interagem, e dessa circulação e interação constroem-se, ao mesmo tempo, dialeticamente, a aceitação e a resistência, a manutenção e a mudança.
Portanto, nessa escola - lugar da contradição - que busca, ao menos no texto da lei, a construção do sujeito autônomo, cidadão e crítico, cabe pensarmos uma disciplina de Psicologia que concebe o homem como sujeito de sua história e da cultura, que se constitui na relação com os outros homens e que, por meio da apropriação dos conhecimentos acumulados pela humanidade e do processo de reflexão, é capaz de transformar-se e transformar sua realidade. Uma Psicologia da Educação que possibilite aos futuros docentes uma leitura mais adequada das grandes questões e dilemas que marcam suas vidas, que promova processos reflexivos que levem à superação dos modelos impostos pela exacerbação da lógica do consumo, pelo culto ao indivíduo - em oposição ao coletivo, aos outros - que marca o neoliberalismo, pela desumanização das relações humanas.
Uma formação mais completa exige a presença de diversos saberes que colaboram para uma compreensão mais completa e complexa da realidade. A dimensão subjetiva dos fatos e do próprio desenvolvimento dos sujeitos não pode estar ausente, isto é, é preciso compreender os sentimentos, emoções, significados, registros de memória, valores, ideias que vão se constituindo acompanhando e viabilizando o movimento da realidade. Conhecer, refletir e considerar estes aspectos psicológicos permitem que jovens em formação possam fazer uma leitura do real que considere o que para muitos é invisível: o sujeito que é protagonista na cena social. Um sujeito que pensa, sente, se emociona, tem ideias, tem história e memória e estes elementos são fundamentais para o conhecimento da realidade com suas lógicas singulares.
Em todos os espaços onde nos encontrarmos e em todos os movimentos de vida coletiva, é preciso ir além da aparência e sermos capazes de perceber e conhecer a expressão da subjetividade que é também determinante importante da realidade, portanto, o conhecimento do mundo psicológico permite e amplia o conhecimento da sociedade, este espaço de vários e diferentes sujeitos constituídos e constituintes do conjunto e do cenário onde vivemos.
Em um momento em que tanto se fala em educação, em que esta aparece como prioritária, central, tanto nos discursos oficiais quanto acadêmicos, cremos que devemos superar os interesses corporativos, separatistas, em que certas áreas parecem se sobrepor a outras, e tomar o aluno como meta - a sua formação integral, humanista, crítica, emancipadora. Sendo assim, é de suma importância na formação docente, o ensino da Psicologia da Educação, pois esta, contitui-se como ciência humana, como ciência da subjetividade, dos homens em construção.



2. CONTEÚDOS:

Introdução ao estudo da Psicologia; Introdução à Psicologia da educação; Principais teorias psicológicas que influenciaram e influenciam a psicologia contemporânea: Skinner e a psicologia comportamental; Psicanálise e educação. O sócioconstrutivismo: Piaget, Vygotsky, Wallon. Psicologia do desenvolvimento da criança e do adolescente. Desenvolvimento da criança e do adolescente. Desenvolvimento humano e sua relação com aprendizagem. A linguagem, os aspectos sociais, culturais e afetivos da criança e a cognição.



3. METODOLOGIA DA DISCIPLINA:

Os conteúdos da disciplina de Fundamentos Psicológicos da Educação serão abordados de forma crítica e dinâmica, de maneira que a teoria esteja diretamente vinculada a prática, e interligada com a realidade dos educandos.
Para desenvolver o trabalho com a classe, o professor poderá fazer o uso de metodologias de ensino diversificadas, que atendam as especificidades dos educandos, tais como:
Textos: preferencialmente utilizados como introdução ao conteúdo, síntese ou leitura complementar. O aluno deve ser estimulado a ler além das palavras, contraporem ideias e compreender diferentes interpretações sobre um mesmo tema, analisando e argumentando.
Experimentos: não deve consistir apenas numa forma de constatação, mas sim de interpretação dos resultados obtidos e comparação com os previstos.
Debates: devem ser precedidos pelo domínio do tema proposto, para que a argumentação seja significativa e possibilite a interação da turma. Trata-se de uma excelente estratégia de ampliação do universo do aluno, devendo o professor selecionar aspectos relevantes ao assunto.
Aulas Expositivas: através delas o professor transfere os conteúdos aos seus alunos. São muito úteis para fornecer informações prévias para um debate, jogo ou até experimento. Porém, serão adequadas se estiverem baseadas no diálogo, na participação efetiva dos alunos e na construção coletiva do conhecimento.
Recursos Tecnológicos: adequados quando utilizados como complementação ou introdução. Um filme, um software, uso da TV pen drive, utilização do laboratório de informática e internet, um slide ou uma música podem contemplar tanto a necessidade concreta quanto a cognitiva, uma vez que o aluno terá que estabelecer conexões com o conteúdo estudado e aprofundar suas relações.
Jogos: são caracterizados pelo cunho desafiador, estimulando os alunos à superação de um problema.
Pesquisas: solicitadas como complemento do tema estudado, para anteceder uma discussão. O professor orientará o aluno, desde as fontes bibliográficas até o objetivo da pesquisa, delimitando ao máximo o assunto.
Projetos: É uma estratégia mais elaborada e de grande relevância ao aprimoramento teórico-prático dos alunos na Formação de Docentes; o projeto por sua vez, apresenta várias etapas: seleção do assunto, justificativa, objetivos, pesquisa de cunho bibliográfico, planos de aula e relatório final.
Aulas Práticas: sua função maior é proporcionar autonomia ao aluno para analisar resultados e inferir conclusões.
E ainda, o docente poderá fazer o uso de outras estratégias educativas, tais, como:
• Organizar os assuntos em momentos de estudo individual, grupos e trabalho coletivo;
• Uso de vídeos específicos com análise, discussão e interpretação de fatos;
• Trabalho com figuras ilustrativas, charges, etc.;
• Entrevistas, coletas e organização e utilização de dados;
• Leitura, produção e interpretação de textos;
• Análise e interpretação de letras musicais;
• Produção de paródias;
• Montagem de painéis;
• Técnicas de desenvolvimento da expressão oral;
• Palestras;
• Montagem de painéis;
• Apresentação de mini aulas e dramatizações;
• Produção de histórias em quadrinhos;
• Montagem de textos ilustrados e atividades lúdicas;
• Criação de peças teatrais.



4. PROPOSTA PARA AVALIAÇÃO

A avaliação dar-se-á a partir do processo de ensino e aprendizagem, sendo realizada de forma contínua, cumulativa e formativa, com o objetivo de diagnosticar a situação de aprendizagem de cada aluno, em relação à programação curricular. A avaliação não priorizará apenas o resultado ou o processo; contudo, terá como prática de investigação, interrogar a relação ensino aprendizagem e buscar identificar os conhecimentos construídos e as dificuldades de uma forma dialógica. O erro deverá ser considerado como um indicativo de como o educando está relacionando os conhecimentos que já possui com os novos conhecimentos que vão sendo adquiridos, admitindo uma melhor compreensão dos conhecimentos solidificados, numa interação do processo de construção e de reconstrução do conhecimento.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9.394/96, prioriza a educação em valores; segundo a qual, aprende-se para adquirir novas atitudes e valores. A LDB, ao se referir à verificação do conhecimento escolar, determina que sejam observados os critérios de avaliação contínua e cumulativa da atuação do educando, com prioridade dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de eventuais provas finais (Art. 24, V-a). Assim, o educando desenvolve a noção de responsabilidade e uma atitude crítica.
Desta forma, faz-se necessário criar oportunidades para que o aluno pratique a auto-avaliação, começando pela apreciação de si mesmo, de seus erros. Daí, a necessidade de uma educação dialógica, balizada na troca de ideias e opiniões e de uma conversa. A avaliação quando dialógica culmina na interação e no sucesso da aprendizagem, deve ser vista como função diagnóstica, dialógica e transformadora da realidade escolar.
A avaliação a ser feita tenderá a ser desenvolvida através de formas diversificadas, levando em consideração a participação ativa dos alunos em todas as circunstâncias, tais como:
• Argumentação oral;
• Resultados obtidos em exercícios, testes, trabalhos, pesquisas, experiências;
• Produção e interpretação de diferentes tipos de textos;
• Relatório descritivo de elaboração de experimentos;
• Relatórios de exibição de vídeo e pesquisas;
• Elaboração de painéis e textos ilustrativos;
• Produção de histórias em quadrinhos;
• Coleta e organização de informações;
• Análise, produção, interpretação e uso de recursos gráficos;
• Simulação de teste; provas;
• Análise e interpretação de letras musicais;
• Produção de paródias;
• Palestras;
• Resultados obtidos em dramatizações;



5. REFERÊNCIAS:


ALVES, Nilda e GARCIA, Regina Leite (Orgs.) O sentido da escola. 2ª edição. Rio de Janeiro: DP&A, 2000.

BOCK, Ana M. Bahia; FURTADO, Odair e TEIXEIRA, Maria de Lourdes T. Psicologias: Uma introdução ao estudo de Psicologia. São Paulo: Saraiva, 1991.

BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - LDBEN 9394/96. Ministério da Educação, MEC: Brasília, 1996.

GRAMSCI, Antonio. Obras Escolhidas. São Paulo: Martins Fontes, 1978.

GOULART, Íris Barbosa. Piaget. Experiências Básicas para utilização pelo Professor. Petrópolis: Vozes, 1999.

MASSIMI, Marina. Psicologia:Teoria e Pesquisa. Brasília, 1993

PARANÁ. Diretrizes Curriculares Estaduais para o Ensino de Fundamentos Psicológicos da Educação. Formação de Docentes. SEED/PARANÁ. Curitiba, 2009.

PARANÁ. Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual Barão do Cerro Azul. Cruz Machado, 2008.

REGO, Tereza Cristina. Vygotsky: uma perspectiva histórica – cultural da educação.
Petrópolis: Vozes, 1999.

ROMANELLI, Otaíza de Oliveira. História da Educação no Brasil. Petrópolis: Ed. Vozes, 2001.

PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE METODOLOGIA DO ENSINO DE CIÊNCIAS

PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE METODOLOGIA DO ENSINO DE CIÊNCIAS


METODOLOGIA DO ENSINO DE CIÊNCIAS

HISTÓRICO
A organização do ensino de Ciências tem sofrido nos últimos anos inúmeras propostas de transformação. Em geral, as mudanças apresentadas têm o objetivo de melhorar as condições da formação do espírito científico dos alunos em vista das circunstâncias histórico-culturais da sociedade. As alterações tentam situar a ciência e o seu ensino no tempo e no espaço, enfatizando em cada momento um aspecto considerado mais relevante na forma de o homem entender e agir cientificamente no mundo por meio de um conhecimento que, de modo geral, está além do senso comum.
Até os anos 60, por exemplo, o ensino de Ciências passou por uma longa fase em que a ciência era apresentada como neutra e o importante eram os aspectos lógicos da aprendizagem e a qualidade dos cursos era definida pela quantidade de conteúdos conceituais transmitidos. Nos anos seguintes valorizou-se a participação do aluno no processo de aprendizagem do método científico através de atividades práticas de laboratório. Na década de 70, a crise econômica mundial e os problemas relacionados com o desenvolvimento tecnológico fizeram surgir no ensino de Ciências um movimento pedagógico que ficou conhecido como “ciência, tecnologia e sociedade” (CTS). Essa tendência no ensino é importante até os dias de hoje, pois leva em conta a estreita relação da ciência com a tecnologia e a sociedade, aspectos que não podem ser excluídos de um ensino que visa formar cidadãos. Nos anos 80 a atenção passou a ser dada ao processo de construção do conhecimento científico pelo aluno. Inúmeras pesquisas foram realizadas nesse campo e o modelo de aprendizagem por mudanças conceituais, núcleo de diferentes correntes construtivistas, é hoje bem aceito pela maioria dos pesquisadores.
Na atualidade, penso que a preocupação dos que investigam novos caminhos para o ensino de Ciências não está na simples superação da mera descrição de teorias e experiências científicas, nem na visão de que o conhecimento é algo que se constrói. Este último é um ponto relevante e fonte de importantes trabalhos acadêmicos, porém, tem apresentado visível desgaste como campo de pesquisa. As atenções da educação estão hoje basicamente voltadas para a idéia de cidadania e para a formação de professores com novos perfis profissionais, mestres em condições de trabalhar com uma visão interdisciplinar da ciência, própria das múltiplas formas de se conhecer e intervir na sociedade hoje.
Neste sentido, as propostas mais adequadas para um ensino de Ciências coerente com tal direcionamento devem favorecer uma aprendizagem comprometida com as dimensões sociais, políticas e econômicas que permeiam as relações entre ciência, tecnologia e sociedade. Trata-se, assim, de orientar o ensino de Ciências para uma reflexão mais crítica acerca dos processos de produção do conhecimento científico-tecnológico e de suas implicações na sociedade e na qualidade de vida de cada cidadão. É preciso preparar os cidadãos para que sejam capazes de participar, de alguma maneira, das decisões que se tomam nesse campo, já que, em geral, são disposições que, mais cedo ou mais tarde, terminam por afetar a vida de todos.

CONTEÚDOS
O ensino de ciências e a construção de uma cultura científica que possibilite ao cidadão comparar diferentes explicações sobre o mundo;
A energia para a vida e a inserção do homem no contexto do universo;
Aprendizagem integrada de ciências como possibilidade para a compreensão das relações ciências, sociedade, tecnologia e cidadania;
A construção dos conceitos científicos;
O papel dos professores, das famílias e das comunidades na aprendizagem formal e informal de ciências.

METODOLOGIA
A metodologia adotada é dinâmica, a fim de desenvolver a interação entre o aluno/docente/conteúdo. Para tanto, todos serão envolvidos em seminários, discussões e pesquisas individuais e em grupo sobre os temas propostos, partindo sempre do saber que trazem da própria experiência.
O decente procederá à exposição dialogada, em momentos específicos, para esclarecimentos de aspectos conceituais e fechamento dos temas em estudo, também seminário, analise de textos, leituras e reflexões sistemáticas de obras, pesquisas bibliográficas.


AVALIAÇÃO
A avaliação dar-se-á de modo constante no decorrer do ano letivo, em função dos objetivos, sendo considerados os seguintes aspectos: freqüência, participação, pontualidade, assiduidade e participação das atividades, realização de leituras, criatividade nas apresentações Individuais e em grupo, iniciativas de discussões e trabalhos escritos, avaliando-se a pontualidade na entrega dos trabalhos. Todas as atividades realizadas em classe estarão sendo consideradas na avaliação do semestre, bem como a utilização de provas escritas.
Será levado em consideração o envolvimento dos alunos em todas as atividades propostas, senso crítico na organização e expressão de idéias, a coerência na articulação dos conhecimentos, a compreensão, a segurança, o domínio e objetividade demonstrados no tratamento dos conteúdos e a qualidade formal do texto.

REFERÊNCIAS
BRASIL. Referenciais Curriculares Nacionais para a Educação Infantil. Secretaria da Educação Fundamental. Brasília; MEC/ SEF, 1997.
BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais. Secretaria de Educação fundamental. Brasília; MEC/SEF, 1997.
AGENDA 21 – Plano de Ação Global para o Meio Ambiente, UNCED – Rio, 1992.
ASTOLFI, J.P. A Didática das Ciências. Campinas: Papirus, 1990.
DELIZOICOV, D. Metodologia do Ensino de Ciências. São Paulo: Cortez, 1990.

PROPOSTA CURRICULARDISCIPLINA DE LINGUA INGLESA – ENSINO MÉDIO FORMAÇÃO DE DOCENTES

COLÉGIO ESTADUAL BARÃO DO CERRO AZUL – ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO, NORMAL E PROFISSIONAL
PROPOSTA CURRICULAR
DISCIPLINA DE LINGUA INGLESA – ENSINO MÉDIO FORMAÇÃO DE DOCENTES


A) APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA:
O estudo de língua estrangeira tem o objeto de ampliação de espaço de comunicação e contato com as outras formas de conhecer juntamente com outros procedimentos interpretativos de construção de realidade.
A língua se apresenta como espaço de construções discursivas de reprodução de sentidos indissociável dos contextos em que ela adquire sua materialidade, inseparável das comunidades interpretativas que a constroem e são construídas por ela. Desse modo a língua deixa de lado a sua suposta naturalidade e transparência para adquirir uma carga ideológica e intensa e passa a ser vista como um fenômeno carregado de significados culturalmente marcados.
De acordo com a nova LDB (1999).
[...] no âmbito da LDB, as Línguas Estrangeiras Modernas recuperam, de alguma
forma, a importância que durante muito tempo lhes foi negada”, já que elas “assumem a condição de serem parte indissolúvel do conjunto de conhecimentos essenciais que permitem ao estudante aproximar-se de várias culturas e, conseqüentemente, propiciam sua integração num mundo globalizado.
A língua estrangeira pode ser propiciadora de construções das identidades dos sujeitos alunos ao oportunizar o desenvolvimento da consciência sobre o papel do exercido pelas línguas estrangeiras na sociedade brasileira e no panorama internacional, favorecendo ligações entre a comunidade local e planetária.

B) OBJETIVOS ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA:
O estudo de língua inglesa no ensino médio – formação de docentes tem como objetivos:
• Levar o aluno a ser capaz de usar a língua em situações de comunicação oral e escrita;
• Vivenciar na aula de língua estrangeira, formas de participação que lhe possibilite estabelecer relações entre as ações individuais e coletivas;
• Compreender que os significantes e os seus significados são sociais e historicamente construídos e, portanto, passíveis de transformações na prática social;
• Ter uma maior consciência sobre o papel das línguas na sociedade;
• Reconhecer e compreender a diversidade lingüística e cultural, bem como seus benefícios para o desenvolvimento cultural do país;
• Refletir sobre a questão do pluralismo linguístico e o reconhecimento de outras línguas como imprescindíveis ao cumprimento das especificidades acadêmicas, independendo da área docente de futura formação.

Os conteúdos das séries do ensino médio – formação e docentes, serão trabalhados através de diversos tipos de textos; diálogos, histórias em quadrinhos, recitas, poesias, fábulas propagandas, músicas, textos narrativos, descritivos, informativos e filmes, textos verbais e não verbais, contemplando seus elementos lingüísticos discursivos, levando em conta o princípio da continuidade, o perfil dos alunos, condições da escola e o projeto político pedagógico.

C) CONTEÚDOS POR SÉRIE - ENSINO MÉDIO - FORMAÇÃO DE DOCENTES:

LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA - ENSINO MÉDIO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL

CONTEÚDOS BÁSICOS: ABORDAGEM AVALIAÇÃO
GÊNEROS DISCURSIVOS
Para o trabalho com as práticas de leitura, escrita,
oralidade e análise linguística, serão adotados
como conteúdos básicos os gêneros discursivos
conforme suas esferas sociais de circulação.
Caberá ao professor fazer a seleção de gêneros,
nas diferentes esferas, de acordo com o Projeto
Político Pedagógico, com a Proposta Pedagógica
Curricular, com o Plano Trabalho Docente, ou seja,
em conformidade com as características da escola
e com o nível de complexidade adequado a cada
uma das séries.
*Vide relação dos gêneros ao final deste
documento
LEITURA
• Tema do texto;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Aceitabilidade do texto;
• Informatividade;
• Situacionalidade;
• Intertextualidade;
• Temporalidade;
• Referência textual;
• Partículas conectivas do texto;
• Discurso direto e indireto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Emprego do sentido conotativo e denotativo no
texto;
• Palavras e/ou expressões que denotam ironia e
humor no texto;
• Polissemia;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função
das classes gramaticais no texto, pontuação,
recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito),
figuras de linguagem;
• Léxico.
ESCRITA
• Tema do texto;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Aceitabilidade do texto;
• Informatividade;
• Situacionalidade;
• Intertextualidade;
• Temporalidade;
• Referência textual;
• Partículas conectivas do texto;
• Discurso direto e indireto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Emprego do sentido conotativo e denotativo no
texto;
• Palavras e/ou expressões que denotam ironia e
humor no texto;
• Polissemia.
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função
das classes gramaticais no texto, pontuação,
recursos gráficos (como aspas, travessão,
negrito), figuras de linguagem;
• Acentuação gráfica;
• Ortografia;
• Concordância verbal/nominal.
ORALIDADE
• Conteúdo temático;
• Finalidade;
• Aceitabilidade do texto;
• Informatividade;
• Papel do locutor e interlocutor;
• Elementos extralinguísticos: entonação,
expressões facial, corporal e gestual, pausas;
• Adequação do discurso ao gênero;
• Turnos de fala;
• Variações linguísticas;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias,
repetição, semântica;
• Adequação da fala ao contexto (uso de
conectivos, gírias, repetições, etc);
• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral
ou escrito.
TEÓRICO-METODOLÓGICA
LEITURA
É importante que o professor:
• Propicie práticas de leitura de textos
de diferentes gêneros;
• Considere os conhecimentos
prévios dos alunos;
• Formule questionamentos que
possibilitem inferências sobre o texto;
• Encaminhe discussões e
reflexões sobre: tema, intenções,
intertextualidade, aceitabilidade,
informatividade, situacionalidade,
temporalidade, vozes sociais e
ideologia;
• Proporcione análises para
estabelecer a referência textual;
• Conduza leituras para a
compreensão das partículas
conectivas;
• Contextualize a produção: suporte/
fonte, interlocutores, finalidade,
época;
• Utilize textos não-verbais diversos:
gráficos, fotos, imagens, mapas, e
outros;
• Relacione o tema com o contexto
atual;
• Oportunize a socialização das ideias
dos alunos sobre o texto;
• Instigue o entendimento/reflexão
das diferenças decorridas do uso de
palavras e/ou expressões no sentido
conotativo e denotativo, bem como
de expressões que denotam ironia e
humor;
• Estimule leituras que suscitem no
reconhecimento do estilo, próprio de
diferentes gêneros;
ESCRITA
É importante que o professor:
• Planeje a produção textual a partir
da delimitação tema, do interlocutor,
intenções, intertextualidade,
aceitabilidade, informatividade,
situacionalidade, temporalidade e
ideologia ;
• Proporcione o uso adequado de
palavras e expressões para estabelecer
a referência textual;
• Conduza a utilização adequada das
partículas conectivas;
• Estimule a ampliação de leituras
sobre o tema e o gênero propostos;
• Acompanhe a produção do texto;
• Acompanhe e encaminhe a reescrita
textual: revisão dos argumentos das
ideias, dos elementos que compõe o
gênero.
• Instigue o uso de palavras e/ou
expressões no sentido conotativo
e denotativo, bem como de
expressões que denotam ironia e
humor;
• Estimule produções em
diferentes gêneros;
• Conduza a uma reflexão dos
elementos discursivos, textuais,
estruturais e normativos.
ORALIDADE
É importante que o professor:
• Organize apresentações de
textos produzidos pelos alunos
levando em consideração a:
aceitabilidade, informatividade,
situacionalidade finalidade do
texto;
• Oriente sobre o contexto
social de uso do gênero oral
selecionado;
• Prepare apresentações que
explorem as marcas linguísticas
típicas da oralidade em seu uso
formal e informal;
• Estimule contação de histórias
de diferentes gêneros, utilizandose
dos recursos extralinguísticos,
como: entonação, expressões
facial, corporal e gestual, pausas
e outros;
• Selecione discursos de outros
para análise dos recursos da
oralidade, como: cenas de
desenhos, programas infantojuvenis,
entrevistas, reportagem
entre outros.

LEITURA
Espera-se do aluno:
• Realização de leitura
compreensiva do texto;
• Localização de informações
explícitas e implícitas no texto;
• Posicionamento
argumentativo;
• Ampliação do horizonte de
expectativas;
• Ampliação do léxico;
• Percepção do ambiente no
qual circula o gênero;
• Identificação da ideia
principal do texto;
• Análise das intenções do
autor;
• Identificação do tema;
• Dedução dos sentidos de
palavras e/ou expressões a
partir do contexto;
• Compreensão das diferenças
decorridas do uso de palavras
e/ou expressões no sentido
conotativo e denotativo;
• Reconhecimento de
palavras e/ou expressões que
estabelecem a referência
textual;
ESCRITA
Espera-se do aluno:
• Expressão de ideias com
clareza;
• Elaboração de textos
atendendo:
- às situações de produção
propostas (gênero,
interlocutor, finalidade...);
- à continuidade temática;
• Diferenciação do contexto
de uso da linguagem formal e
informal;
• Uso de recursos
textuais como: coesão e
coerência, informatividade,
intertextualidade, etc;
• Utilização adequada de
recursos linguísticos como:
pontuação, uso e função do
artigo, pronome, substantivo,
etc;
• Emprego de palavras e/
ou expressões no sentido
conotativo e denotativo, bem
como de expressões que
indicam ironia e humor, em
conformidade com o gênero proposto.
ORALIDADE
Espera-se do aluno:
• Pertinência do uso dos elementos
discursivos, textuais, estruturais e
normativos;
• Reconhecimento de palavras e/
ou expressões que estabelecem a
referência textual;
• Utilização do discurso de acordo
com a situação de produção (formal/
informal);
• Apresentação de ideias com
clareza;
• Compreensão de argumentos no
discurso do outro;
• Exposição objetiva de argumentos;
• Organização da sequência da fala;
• Respeito aos turnos de fala;
• Participação ativa em diálogos,
relatos, discussões, quando
necessário em língua materna, etc;
• Utilização consciente de
expressões faciais corporais e
gestuais, de pausas e entonação
nas exposições orais, entre outros
elementos extralinguísticos.


3ª. SÉRIE:
Conteúdos:
• Estrangeirismos: linguagem e gêneros textuais;
• Greetings: saudações, pronomes de tratamento Mrs., Mr., Miss;
• Numbers: ordinais e cardinais, datas, meses, ano.
• Alphabet: música e pronúncia;
• Family: membros da família;
• Subjects and verb to be; forma positiva, negativa e interrogativa, e forma abreviada;
• Articles: definidos e indefinidos;
• Profissions; aliando as profissões ao uso dos atigos.
• Horoscopo: Adjetivos de personalidade e vocabulário aliado ao uso de advérbios de freqüência;
• Emotions and feelings: vocabulário aliado ao uso de adjetivos de quantidade many, much, few, little;
• Uso de dicionário bilíngüe englobando as classes gramaticais;
• Colors: vocabulário aliado ao uso dos adjetivos light, bright, clear, dark;
• Estações do ano; aliando ao vocabulário de temperatura e clima;

4ª. SÉRIE:
Conteúdos:
• Body parts;
• Plural of the names;
• Appearance physical;
• Simple present;
• Clothes;
• Present continuous;
• Culture: textos sobre curiosidades norte-americanas;
• Simple past;
• Animals;
• Food and beverage;
• Future.
• Culture; explanação sobre o autor inglês William Shakespeare e suas obras.
Concordando com a Proposta Pedagógica Curricular do Colégio Estadual Barão do Cerro Azul e as Diretrizes Curriculares Estaduais para a disciplina de Língua Inglesa Moderna, buscando um abrangente envolvimento entre os diversos gêneros textuais no andamento dos conteúdos, conhecimentos lingüísticos, discursivos, sócio-pragmáticos e culturais. Práticas de oralidade, de leitura e de escrita trabalhadas simultaneamente. Articulação com as disciplinas do currículo relacionando os vários conhecimentos.
A diversidade de gêneros discursivos deve estar contemplada em todas as séries do curso de Formação de Docentes.
Sugestões de gêneros discursivos: crônica, lendas, contos, poemas, fábulas, biografias, classificados, notícias, reportagem, entrevistas, cartas, artigos de opinião, resumo, textos midiáticos, palestra, piada, debates, folhetos, horóscopo, provérbios, charges, tiras, músicas, filmes, trailers...
A partir do texto escolhido para desenvolver as práticas discursivas, define-se os conteúdos específicos a serem estudados, norteados pelo gênero do texto.
A história e cultura afro-brasileira e africana (lei 10639-03), história e cultura dos povos indígenas (lei 11645-08), e política nacional de educação ambiental (lei 97995-99) devem ser contempladas em diversos momentos das abordagens dos conteúdos.
Os desafios educacionais contemporâneos serão trabalhados de acordo com a necessidade local e de acordo com a realidade e com a especificidade do curso valorizado o caráter, as funções e a postura na docência, com leitura e reflexão de artigos e reportagens, realização de testes, amostragem e confecção de material pedagógico.

D) METODOLOGIA DA DISCIPLINA:
De acordo com as Diretrizes Curriculares da Educação Básica, o trabalho com a língua estrangeira em sala de aula parte do entendimento do papel das línguas nas sociedades como mais do que meros instrumentos de acesso à informação: às línguas estrangeiras são possibilidades de conhecer, expressar e transformar modos de entender o mundo e construir significados.
É importante trabalhar a partir de textos de diferentes gêneros discursivos, abordando assuntos relevantes presentes na mídia nacional e internacional ou no mundo editorial, tarefa pertinente entre as atribuições da disciplina de língua estrangeira. No entanto, torna-se fundamental superar a visão de que apenas a presença, em aula, de textos com assuntos relativos à questões como saúde, meio ambiente, vida familiar e social, por exemplo, seja suficiente para desenvolver essa consciência cidadã.
O trabalho com textos e contexto de uso, isto é, autênticos, sem uma mudança metodológica, não é capaz de suscitar consciência crítica da língua nem promover a construção dos significados – engajamento discursivo – nas práticas socioculturais.
Caberá ao professor trabalhar o texto em seu contexto social de produção e selecionar itens gramaticais que indiquem a estruturação da língua. Isso não quer dizer fazer uso do texto apenas para ensinar gramática, mas tê-lo como conteúdo a ser explorado para, a partir dele, produzir outros textos.
Propõe-se, assim, que o professor aborde nas aulas de língua estrangeira os vários tipos de textos, em atividades diversificadas, tais como:
• Corporação de unidades temáticas, lingüistas e composicionais de um texto com outros textos;
• Interpretação da estrutura de um texto a partir das reflexões da sala de aula;
• Leitura e análise de textos e países que falam o mesmo idioma estudado na escola e dos aspectos culturais que ambos veiculam;
• Leitura e análise de textos publicados nacional e internacionalmente sobre um mesmo tema e das abordagens de tais publicações;
• Comparação das estruturas fonéticas, bem como das formações sintáticas e morfológicas da língua estrangeira estudada com a língua materna;
• Utilização de recursos visuais;
• Utilização de atividades lúdicas, como: jogos, vídeos, clips musicais;
• Dramatização de diálogos e textos curtos;
• Atividades orais e escritas;
• Leitura de textos abordando assuntos relevantes presentes na mídia nacional ou internacional;

Além de descortinar os valores subjacentes no livro didático, recomenda-se que o professor utilize outros materiais disponíveis na escola: livros didáticos, dicionários, livros paradidáticos, vídeos, DVD e CD-ROM, Internet, TV pendrive ...

E) AVALIAÇÃO:
A avaliação de aprendizagem em Língua Estrangeira Moderna deve superar a concepção de mero instrumento de medição da apresentação de conteúdos, visto que se configura como processual e, como tal, objetiva subsidiar discussões acerca das dificuldades e avanços dos alunos, a partir de suas produções. De fato, o envolvimento dos alunos na construção do significado nas práticas discursivas será a base para o planejamento das avaliações de aprendizagem.
Caberá ao professor observar a participação dos alunos e considerar que o engajamento discursivo na sala de aula se faça pela interação verbal, a partir dos textos, e de diferentes formas: entre os alunos e o professor; entre os alunos na turma; na interação com o material didático; nas conversas em língua materna e língua estrangeira; no próprio uso da língua, que funciona como recurso cognitivo ao promover o desenvolvimento de idéias (Vigotski, 1989).
Portanto, o erro deve ser visto como um passo para que a aprendizagem se efetive e não como um entrave no processo que não é linear, não acontece da mesma forma e ao mesmo tempo para diferentes pessoas.
Embora essas considerações evidenciem a avaliação processual, é importante considerar também avaliações de outras naturezas; diagnóstica, formativa, desde que se articulem com os objetivos específicos e conteúdos definidos a partir das concepções e encaminhamentos metodológicos das Diretrizes, de modo que sejam respeitadas as diferenças individuais e escolares.
Esta avaliação na língua inglesa será feita de forma contínua, tanto oral quanto escrita, de acordo com a participação do aluno, observando a criatividade na produção de textos e a utilização de recursos estruturais ensinados.
Objetivando subsidiar discussões acerca das dificuldades e avanços dos alunos sujeitos no processo de ensino – aprendizagem.
O aluno envolvido no processo de avaliação, uma vez que também é um construtor do conhecimento, precisa ter seu esforço reconhecido por meio de ações tais como: o fornecimento de um retorno sobre seu desempenho e o entendimento do erro como uma parte integrante da aprendizagem.

F) REFERÊNCIAS:

PARANÁ: Diretrizes Curriculares Estaduais para a Disciplina de Língua Estrangeira Moderna: Secretaria de Estado da Educação: Paraná, 2009.

PARANÁ: Lei de Diretrizes e Bases da Educação: secretaria de Estado e educação: Paraná, 1999.

PARANÁ: Projeto Político Pedagógico: Colégio Estadual Barão do Cerro Azul: Cruz Machado, 2010.
PARANÁ: Proposta Curricular Pedagógica: Colégio Estadual Barão do Cerro Azul: Cruz Machado, 2010.

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR -FUNDAMENTOS PSICOLÓGICOS DA EDUCAÇÃO

COLÉGIO ESTADUAL BARÃO DO CERRO AZUL
ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO , NORMAL E PROFISSIONAL

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR

FUNDAMENTOS PSICOLÓGICOS DA EDUCAÇÃO
1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA/ JUSTIFICATIVA:


O estudo dos autores considerados clássicos propicia o entendimento da sociedade relacionada com a práxis educativa. Émile Durkheim é um marco no surgimento da Sociologia como ciência e como disciplina. Além de ter contribuído para a definição do objeto e do método sociológico, foi um dos pioneiros na inclusão da Sociologia no currículo acadêmico, especificamente no curso de formação de professores, no qual lecionava. Destaca-se na teoria durkheimiana sua concepção de sociedade como um organismo composto por distintas instituições que se complementam e se interpenetram, cada uma desempenhando uma função e formando um todo homogêneo e consensual. Nesse arcabouço explicativo a educação ocupa lugar central como um fato social, que contribui para a “socialização metódica das novas gerações” e para integrar os indivíduos na sociedade em que estão inseridos, disseminando a consciência coletiva. Ao tratar das relações entre o educador e a criança submetida à sua influência, DURKHEIM (1967, p. 5354) defende que a criança fique “por condição natural, em estado de passividade” e o educador assume uma posição de superioridade advinda da sua experiência, sua cultura e da moral que ele encarna. Assim a ação educativa é entendida como um trabalho de autoridade. A autoridade é o meio essencial da ação educativa. “A autoridade moral é a qualidade essencial do educador”.
Essa concepção de educação e do papel do professor influenciou as práticas pedagógicas adotadas no Brasil ao longo da história da educação e a atividade docente que nela se realiza. Como pode se observar nas tendências pedagógicas, especialmente na sua vertente tradicional que tem no professor a figura central do processo ensino aprendizagem, como detentor do domínio de conteúdos que devem ser repassados aos educandos que devem se portar passivamente como receptores de conteúdos.
Prática docente denominada de “bancária” e enfaticamente criticada por Paulo Freire; as idéias de Durkheim influenciaram vários autores destacando-se Fernando Azevedo e Anísio Teixeira influentes educadores da escola nova. Noutra perspectiva, temos a teoria crítica fundamentada no materialismo histórico dialético de Karl Marx, que influenciou todo o pensamento crítico em educação, começando pelas idéias reprodutivistas de Althusser, Establet e Baudelot que ressaltaram a contribuição da educação na reprodução das relações sociais de produção. Para Marx, a sociedade se estrutura por uma base constituída das forças produtivas e das relações de produção, da onde se originam as idéias, a política, a religião, o direito e a filosofia que constituem a superestrutura. As relações de produção classistas são conflitivas e contraditórias provocando constantemente crises que não encontram solução nos marcos da sociedade burguesa. Assim, ele defende uma revolução liderada pelas classes trabalhadoras para superar essa sociedade classista e a criação de uma sociedade onde não mais existiria a exploração do homem pelo homem, culminando numa sociedade comunista, na qual os meios de produção seriam coletivizados.
Marx não se deteve numa discussão sobre a educação, sua teoria se concentrou na análise econômica, sociológica, histórica e filosófica, da sociedade capitalista, mas o desdobramento de suas análises das relações de poder inerentes às relações classistas produziu contribuições importantes para a compreensão da escola e da ação educativa.
Essas e outras diferentes concepções de sociedade e de educação permitem uma análise de diversos temas tratados pela Sociologia da Educação, destacando-se: concepções de sociedade, de educação, a relação entre educação e sociedade, as relações de poder na escola, as determinações das políticas educacionais, a relação entre classes sociais e o acesso à educação escolar, os fundamentos das tendências pedagógicas na prática escolar, questões das realidades sociais e educacionais.
O curso de Formação de Docentes em nível médio é um campo de conhecimento interdisciplinar, no qual aglutinam-se contribuições de vários campos de conhecimentos, especialmente das Ciências Humanas. Nesse sentido a disciplina Sociologia da Educação, caracterizada como um olhar sociológico sobre o fato educativo tem contribuído para fundamentação de diversas disciplinas que compõem o currículo do curso e para a compreensão da realidade educacional no contexto da sociedade brasileira o que justifica a sua presença na estrutura curricular. A Sociologia da Educação tem o papel de oportunizar aos educandos uma compreensão crítica da realidade social, política, econômica e cultural na qual a escola e a educação estão inseridas e contribuem para uma formação de educadores com uma visão crítica que possa formar indivíduos para compreenderem e transformarem a realidade onde vivem.
A educação entendida como uma prática social que busca formar indivíduos para a vida em sociedade, deve proporcionar uma visão que os permita uma compreensão da sociedade em todas as suas dimensões. Para tanto se torna necessário um currículo que em seus conteúdos e em suas práticas possibilitem uma problematização e reflexão crítica das relações sociais, das relações de poder existentes na sociedade.
Embora o campo de conhecimento da Sociologia não garanta por si só, o compromisso de promover uma educação crítica e transformadora, pela sua especificidade de analisar a sociedade sob o prisma de vários olhares que as diversas perspectivas analíticas ensejam, já possibilita uma ampliação da compreensão da realidade social e da educação como um fenômeno fundamental na transmissão da herança cultural, dos modos de vida, das ideologias, na formação para o trabalho que guarda uma estreita relação com a realidade em cada contexto histórico. Daí a importância dessa disciplina no currículo dos cursos de formação de educadores.
A proposta de currículo do curso Normal, em Nível Médio, está calcada numa visão educacional em que o trabalho é o eixo do processo educativo, porque é através dele que o homem, ao modificar a natureza, também se modifica numa perspectiva que incorpora a própria história da formação humana. Portanto, o trabalho deve ser o centro da formação humana em todo o ensino médio e não apenas naquele que tem o adjetivo de profissionalizante. Ter o trabalho como princípio educativo implica compreender a natureza da relação que os homens estabelecem com o meio natural e social, bem como as relações sociais em suas tessituras institucionais, as quais desenham o que chamamos de sociedade. Assim, a educação é também uma manifestação histórica do estar e do fazer humano que fundamentam o processo de socialização. Como nos ensina Gramsci, os fundamentos científicos da compreensão e da produção social do saber e dos modos de produzir a vida precisam ser explicitados num projeto de educação emancipatória.
Se o trabalho é um dos princípios educativos do currículo de formação de professores, então a prática docente deve ser encarada no sentido da práxis, o que significa dizer que a dimensão política torna-se a chave para a compreensão do saber e do fazer educativo. Ou seja, compreendem-se os processos de conhecimento científico e de todos os tipos de conhecimentos a partir de sua natureza social, como produto coletivo de relações amplas entre objeto-coletividade e não de indivíduo-objeto, numa dimensão tipicamente individualista.
A disciplina de Fundamentos Sociológicos, possibilitará suportes teóricos para elaboração de roteiros de observação e investigação nestas realidades. Espera-se com essa temática não só a ampliação da visão dos alunos acerca da natureza do trabalho do professor, mas também a percepção das especificidades do ofício diante de diferentes demandas sociais e políticas.


2. CONTEÚDOS:

O que é educação e o que é sociologia? A Educação como um fenômeno que é estudado pelas ciências sociais, especialmente pela sociologia. Os diferentes olhares sobre a educação. Educação em diferentes formações sociais. Educação na teoria de Durkeim. Educação na teroria de Karl Marx. Educação na teoria de Weber. Educação na teoria de Gramsci. Educação na teoria de Florestan Fernandes. Educação e a industrialização. Relação entre saber e poder. Educação dentro e fora da escola. Teorias sobre a educação escolar e a desigualdade social. Bordieu: educação e reprodução cultural. Escola no Brasil. A educação como fato social, com as características de coerção, exterioridade e generalidade. Indivíduo e consciência coletiva. A Educação em diferentes formações sociais. Gênero e a educação. Desigualdades de acesso à educação. Educação escolar e exclusão social. Educação como fator essencial e constituitivo do equilíbrio da sociedade. A educação como técnica de planejamento e desenvolvimento da democracia. Crítica a essa visão teórica.




3. METODOLOGIA DA DISCIPLINA:

Os conteúdos da disciplina de Fundamentos Sociológicos da Educação serão abordados de forma crítica e dinâmica, de maneira que a teoria esteja diretamente vinculada a prática, e interligada com a realidade dos educandos.
Na organização do currículo isso se refletirá se possibilitarmos, em todas as etapas didáticas da formação, espaços e tempos em que docentes e alunos possam enfrentar todas as dimensões do trabalho de professor como práxis, como atividade humana, condicionada pelo modo de produção de vida predominante, mas que, por lidar com a dimensão mais política da socialização humana, tem o compromisso com o futuro e com a transformação.
Para desenvolver o trabalho com a classe, o professor poderá fazer o uso de metodologias de ensino diversificadas, que atendam as especificidades dos educandos, tais como:
Texto: preferencialmente utilizados como introdução ao conteúdo, síntese ou leitura complementar. O aluno deve ser estimulado a ler além das palavras, contraporem idéias e compreender diferentes interpretações sobre um mesmo tema, analisando e argumentando.
Experimentos: não deve consistir apenas numa forma de constatação, mas sim de interpretação dos resultados obtidos e comparação com os previstos.
Debates: devem ser precedidos pelo domínio do tema proposto, para que a argumentação seja significativa e possibilite a interação da turma. Trata-se de uma excelente estratégia de ampliação do universo do aluno, devendo o professor selecionar aspectos relevantes ao assunto.
Aulas expositivas: através delas o professor transfere os conteúdos aos seus alunos. São muito úteis para fornecer informações prévias para um debate, jogo ou até experimento. Porém, serão adequadas se estiverem baseadas no diálogo, na participação efetiva dos alunos e na construção coletiva do conhecimento.
Recursos Tecnológicos: adequados quando utilizados como complementação ou introdução. Um filme, um software, uso da TV pen drive, utilização do laboratório de informática e internet, um slide ou uma música podem contemplar tanto a necessidade concreta quanto a cognitiva, uma vez que o aluno terá que estabelecer conexões com o conteúdo estudado e aprofundar suas relações.
Jogos: são caracterizados pelo cunho desafiador, estimulando os alunos à superação de um problema.
Pesquisas: solicitadas como complemento do tema estudado, para anteceder uma discussão. O professor orientará o aluno, desde as fontes bibliográficas até o objetivo da pesquisa, delimitando ao máximo o assunto.
Projetos: É uma estratégia mais elaborada e de grande relevância ao aprimoramento teórico-prático dos alunos na Formação de Docentes; o projeto por sua vez, apresenta várias etapas: seleção do assunto, justificativa, objetivos, pesquisa de cunho bibliográfico, planos de aula e relatório final.
Aulas Práticas: sua função maior é proporcionar autonomia ao aluno para analisar resultados e inferir conclusões.
E ainda, o docente poderá fazer o uso de outras estratégias educativas, como:
• Organizar os assuntos em momentos de estudo individual, grupos e trabalho coletivo;
• Uso de vídeos específicos com análise, discussão e interpretação de fatos;
• Trabalho com figuras ilustrativas, charges, etc.;
• Entrevistas, coletas e organização e utilização de dados;
• Leitura, produção e interpretação de textos;
• Análise e interpretação de letras musicais;
• Produção de paródias;
• Montagem de painéis;
• Técnicas de desenvolvimento da expressão oral;
• Palestras;
• Montagem de painéis;
• Apresentação de mini aulas e dramatizações;
• Produção de histórias em quadrinhos;
• Montagem de textos ilustrados e atividades lúdicas;
• Criação de peças teatrais;
• Oficinas e
• Seminários.



4. PROPOSTA PARA AVALIAÇÃO

A avaliação dar-se-á a partir do processo de ensino e aprendizagem, sendo realizada de forma contínua, cumulativa e formativa, com o objetivo de diagnosticar a situação de aprendizagem de cada aluno, em relação à programação curricular. A avaliação não priorizará apenas o resultado ou o processo; contudo, terá como prática de investigação, interrogar a relação ensino aprendizagem e buscar identificar os conhecimentos construídos e as dificuldades de uma forma dialógica. O erro deverá ser considerado como um indicativo de como o educando está relacionando os conhecimentos que já possui com os novos conhecimentos que vão sendo adquiridos, admitindo uma melhor compreensão dos conhecimentos solidificados, numa interação do processo de construção e de reconstrução do conhecimento.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9.394/96, prioriza a educação em valores; segundo a qual, aprende-se para adquirir novas atitudes e valores. A LDB, ao se referir à verificação do conhecimento escolar, determina que sejam observados os critérios de avaliação contínua e cumulativa da atuação do educando, com prioridade dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de eventuais provas finais (Art. 24, V-a). Assim, o educando desenvolve a noção de responsabilidade e uma atitude crítica.
Desta forma, faz-se necessário criar oportunidades para que o aluno pratique a auto-avaliação, começando pela apreciação de si mesmo, de seus erros. Daí, a necessidade de uma educação dialógica, balizada na troca de idéias e opiniões e de uma conversa. A avaliação quando dialógica culmina na interação e no sucesso da aprendizagem, deve ser vista como função diagnóstica, dialógica e transformadora da realidade escolar.
A avaliação a ser feita tenderá a ser desenvolvida através de formas diversificadas, levando em consideração a participação ativa dos alunos em todas as circunstâncias, tais como:
• Argumentação oral;
• Resultados obtidos em exercícios, testes, trabalhos, pesquisas, experiências;
• Produção e interpretação de diferentes tipos de textos;
• Relatório descritivo de elaboração de experimentos;
• Relatórios de exibição de vídeo e pesquisas;
• Elaboração de painéis e textos ilustrativos;
• Produção de histórias em quadrinhos;
• Coleta e organização de informações;
• Análise, produção, interpretação e uso de recursos gráficos;
• Simulação de teste; provas;
• Análise e interpretação de letras musicais;
• Produção de paródias;
• Palestras;
• Resultados obtidos em dramatizações;



5. REFERÊNCIAS:


ALVES, Nilda e GARCIA, Regina Leite (Orgs.) O sentido da escola. 2ª edição. Rio de Janeiro: DP&A, 2000.

Curriculares da Rede pública de Educação Básica do Estado do Paraná – Sociologia. Curitiba, 2006. TOMAZI, N. D. Sociologia da educação. São Paulo: Atual, 1997.

DURKHEIM, Émile. Educação e sociologia. 7. ed. São Paulo: Melhoramentos, 1967.

FORQUIN, JeanClaude. Escola e Cultura: as bases sociais e epistemológicas do conhecimento escolar. Porto alegre. Artes Médicas. 1993


OLIVEIRA, Pérsio Santos de. Introdução à Sociologia. 28ª ed. 4ª impressão. São Paulo: Ática, 2001.

PARANÁ. Diretrizes Curriculares Estaduais para o Ensino de Fundamentos Psicológicos da Educação. Formação de Docentes. SEED/PARANÁ. Curitiba, 2009.

PARANÁ. Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual Barão do Cerro Azul. Cruz Machado, 2008.

SILVA, Kelly Cristine Corrêa da. Os lugares da Sociologia na formação escolar de estudantes do ensino médio: a perspectiva de professores. 26ª Reunião anual da ANPED, Poços de Caldas, 2003.

TOMAZI, Nelson Dácio. Sociologia da Educação. São Paulo: Atual, 1997.