Vivemos em uma época na qual há grande discussão sobre aquecimento global. Raras são as pessoas que não escutam algo relacionado ao aumento da temperatura, efeito estufa, desastre natural e parecer do Painel Intergovernamental de Mudança Climática (IPCC).
O IPCC é um organismo criado pela Organização das Nações Unidas com a participação de aproximadamente 3.000 cientistas de 131 países, e é tido como a principal autoridade científica sobre aquecimento global. Afirma que devido ao aumento da quantidade de gás carbônico, está aumentando a temperatura do planeta e que, entre outros fatores, isso leva às mudanças climáticas e ao degelo nos pólos, causando elevação do nível do mar, inundando grandes áreas costeiras.
No entanto, várias teorias contrárias vem surgindo desde a época de 1970, quando houve um suposto consenso científico sobre o resfriamento global. Essas teorias são contrárias ao que diz o IPCC. Elas falam de um novo período glacial que está por vir, do efeito de resfriamento provocado pela poluição e pelo desmatamento, e também sobre a mudança climática ser cíclica e não impulsionada pela queima de combustíveis fósseis.
Em 2007, um Professor de Física muito conceituado da Universidade Federal de Alagoas, Luís Carlos B. Molion, apontou em uma reunião da Agência Nacional de Águas sobre mudanças climáticas, que a superfície terrestre passa atualmente por um período interglacial - entre dois períodos em que fica coberta de gelo.
O professor lembrou a todos que houve quatro períodos anteriores como esse e as temperaturas eram mais elevadas, com níveis de gás carbônico menores. “Isso é sinal de que o gás carbônico não é responsável pelo aumento de temperatura. Muito pelo contrário: o que se percebe é que há um aumento da temperatura primeiro e, depois, a concentração de gás carbônico vai atrás”. Ele defende ainda que a quantidade de gás carbônico emitida pelo homem é três vezes menor que a de fluxos naturais da fotossíntese em florestas, oceanos e solos.
Os pesquisadores Carlos Nobre e Thelma Krug, ambos membros do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e do IPCC, ficaram inconformados ao ouvir as opiniões de Molion e disseram que não há como contestar a seriedade das conclusões dos estudos realizados pelo IPCC.
No início deste ano, especialistas em clima do Instituto de Estudos Espaciais Goddard da NASA (Giss) revelaram que 2008 foi o ano mais frio no planeta do século 21, atingindo a temperatura média global de 14,3 graus Celsius de acordo com a Organização Meteorológica Mundial (WMO). Cientistas afirmam que isso foi conseqüência do fenômeno La Niña no oceano Pacífico. Mesmo assim a média fica alta em comparação com décadas anteriores, devido aos efeitos das mudanças climáticas.
Uma matéria publicada recentemente na Folha de São Paulo mostrou uma pesquisa conduzida por Thomas Peterson, do Centro Nacional de Dados Climáticos dos EUA, afirmando que o consenso científico de 1970 sobre resfriamento global foi apenas um mito apontado por pessoas descrentes no efeito estufa. Peterson analisou dezenas de artigos científicos validados de 1965 a 1979 e descobriu que apenas sete apoiavam o resfriamento global, enquanto 44 previam aquecimento. Os outros 20 artigos analisados eram de opiniões neutras. “Uma revisão da literatura sugere que, ao contrário, até mesmo naquela época o aquecimento global dominava o pensamento dos cientistas sobre as forças mais importantes que moldavam o clima da Terra em escalas de tempo perceptíveis aos humanos.”
Relatórios científicos, em especial do IPCC mostram que a temperatura média do planeta está aumentando devido ao acúmulo de gases de efeito estufa no ar.
Seja aquecimento, seja resfriamento, de que modo conceituados cientistas chegam a conclusões totalmente diferentes sobre um mesmo assunto? Quem está com a razão? O que vai acontecer com o nosso Planeta? São perguntas para as quais só teremos respostas ao longo do tempo.
Colaboração: Prof. Anderson Ratuchiniak
Disciplina: Fisica
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