segunda-feira, 4 de abril de 2011

Educação e Tecnologia


 Educação e Tecnologia

A Internet amplia nossa inserção no mundo, nosso contato com as informações, com outras pessoas, nos dá uma visibilidade além do nosso espaço geográfico, nos insere em redes sociais com muitas possibilidades de interação, trocas, aprendizagem, networking, relacionamento. Exige a aprendizagem de novas competências digitais, integradas com saber conviver com as pessoas e espaços presenciais (familiares, profissionais, sociais).
Todos percebemos como é difícil hoje manter esse equilíbrio. Muitos passam mais tempo em comunicações digitais do que físicas, presenciais. 
Há uma febre por aumentar o número de amigos virtuais, que dificilmente conhecemos e com a maioria dos quais não interagimos de verdade. Há também um certo narcisismo em querer aparecer demais, em postar seguidas mensagens no Twitter ou Facebook, em querer acompanhar de perto o fluxo incessante de textos, vídeos e áudios, que se multiplicam sem parar numa corrente infindável.
Nossa vida muda para sempre quando nos conectamos. Entramos em um universo fascinante de descobertas, pessoas, acontecimentos; mas também nos sentimos confusos diante de tantas informações, páginas, grupos, mensagens. Temos pouco tempo para analisar, comparar, perceber de uma forma mais profunda. Navegamos superficialmente por muitas páginas, telas, solicitações. É difícil desligar, porque tememos perder algo importante; mas também, se não ficarmos atentos, podemos tornar-nos escravos do mundo virtual, reféns do fluir superficial, com mais espuma do que densidade.


Como aproveitar melhor o potencial da Internet

Aproveitaremos melhor o potencial da Internet, se equilibramos a rapidez e multiplicidade da informação com o necessário tempo de análise, de decantação, de reflexão. Se focarmos menos quantidade e mais qualidade da observação, da percepção, da comunicação. Se combinarmos a função de “radar” - que mapeia e descobre - com o de “focar” - que aprofunda e ilumina.
Aproveitaremos melhor o potencial da Internet, se equilibramos a qualidade das interações presenciais - na vida pessoal, profissional, emocional - com as interações digitais correspondentes. Quem tem muitos amigos virtuais, provavelmente, terá poucos amigos de verdade reais.
A Internet é muito útil para aprender mais, para conhecer pessoas interessantes, para escolher novos roteiros de lazer, mas também pode ser muito dispersiva, superficial e banal. É muito fácil perder tempo com bobagens - como o acesso a vídeos e notícias inconseqüentes - ser seduzido por pessoas inescrupulosas, participar em jogos intermináveis, protelar compromissos inadiáveis.
Nossa vida é muito importante para gastar tanto tempo em atividades banais. É fascinante e desafiador o processo de construir-nos como pessoas cada vez mais livres, abertas, humanas e realizadas. Infelizmente muitas pessoas se deixam seduzir por inúmeros programas de TV e redes virtuais que pouco acrescentam para uma evolução real do seu conhecimento, formação e realização, pessoal e profissional.

Fonte: Moran, José Manuel. Educação Humanista Inovadora. Disponível em: http://moran10.blogspot.com/, acesso em março de 2011.

Contribuição: Pedagoga Luciana Homczinski

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